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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Enquadramento teórico

Defendemos que qualquer um dos temas trabalhados no jardim-de-infância, tal como o que aqui estamos a trabalhar, só faz sentido para as crianças se estas o poderem comprovar/testar. Na abordagem High/Scope “o papel do adulto é apoiar e guiar as crianças através das aventuras e das experiências que integram a aprendizagem pela acção” (Hohmann & Weikart, 2003, p. 1)
Já há cerca de um século atrás “Maria Montessori, por exemplo, insistiu que nas suas experiências com crianças encontrou maior receptividade na aprendizagem que envolvia o sistema sensorial, como a aprendizagem de cores, formas, sons e texturas, entre as idades de dois anos e meio a seis do que em qualquer outra altura” (Eyken, 1976, p. 54).
“O conceito piegetiano de acção inclui tanto o comportamento motor evidente, como os processos mentais internos. O uso do termo “acção” para referir tanto a actividade mental, como a actividade física, não é um acidente semântico; Piaget acredita que ambas estão indissoluvelmente relacionadas. (…) No caso das crianças em idade pré-escolar, tem, geralmente, um componente sensório-motor – movimento, audição, procura, tacto, manipulação” (Hohmann, Banet & Weikart, 1995, p. 174).
Assim, a actividade que propomos privilegia a acção, pois, é através das experiências com os sentidos, que as crianças, nesta fase, adquirem os conhecimentos e assim tomam maior consciência sobre o funcionamento do próprio corpo através de actividades/jogo.
“Para Piaget, o jogo é a construção do conhecimento, pelo menos durante os períodos sensório-motor e pré-operatório” (Kamii, 1996, p. 27). Estando, neste caso, as crianças em estudo no 2º estádio de desenvolvimento de Piaget, o pré-operatorio, que engloba as crianças dos 2 aos 7 anos.
Segundo Papalaia & Olds a criança que se encontra neste estádio “pode usar símbolos para representar objectos, lugares e pessoa, sua mente pode ir acima do aqui e agora (…), movimenta o corpo para perseguir metas concretas (…) age não necessariamente de um modo motor. Seus processos mentais são activos, mas também, pela primeira vez, são reflexivos” (Papalaia & Olds, 1981, p. 223).

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