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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Planificação e panfletos de informação

Entrega da planificação da actividade à educadora responsável e dos 
panfletos de informação para os pais. 
Estes panfletos visam informar os pais da actividade e do tema tratado e solicitar-lhes que as crianças tragam roupas e calçado confortáveis para a mesma.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Nível socioprofissional das famílias

Com os dados recolhidos através das fichas individuais das crianças, calculamos o nível socioprofissional das famílias, de acordo com os índices definidos nas tabelas de António Firmino da Costa, que constam no site do Instituto Nacional de Estatística (INE), de todas as crianças da sala das Maravilhas.                

                          Tabela 4 - Nível socioprofissional das famílias (ISPF)

Legenda:
ISPI – Índice socioprofissional individual.
ISPF – Índice socioprofissional familiar.
PTE – Profissionais técnicos e de enquadramento.
EDL – Empresários, Dirigente e Profissionais liberais.
EE – Empregados executantes.
* Desempregado
** Não activo
*** Agregado monoparental, não foi assinalada a profissão do pai.

                Tabela 5 - Número de famílias por classe socioprofissional
                                                 


Nível socioprofissional das famílias

                 Gráfico 1 - Percentagem das classes profissionais das famílias da sala das Maravilhas

           Através destas tabelas de cálculo e do gráfico construido a partir das mesmas, observamos que 7 (37%) das 16 famílias enquadram-se na classe socioprofissional PTE, 6 (44%) na classe EDL e 3 (19%) na classe EE.
            Após a análise dos resultados, podemos concluir, segundo os índices anterioremente referidos, que estas crianças pertencem a um nível socioeconómico médio/alto, pois na sua maioria (PTE + EDL = 63%) pertencem a um nivel socioprofissional elevado, estando apenas 1 (6,25%) não activo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Recursos materiais necessários à actividade


  • História
  • 1 Cartaz em cartão “Bristol” com a ilustração de um menino e uma menina, e imagens dos 5 sentidos.
  • Cartões com ilustrações dos diferentes alimentos e objectos usados.
  • Leitor de CD.
  • CD.
  • Despertador.
  • Limão.
  • Batata frita.
  • Chocolate.
  • Vinagre.
  • Sabonete.
  • Porco-espinho.
  • Lixa.
  • Peluche.
  • Plasticina.
  • Lupa.
  • Viseiras.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Reunião com a professora Guida Mendes

Hoje tivemos reunião com a professora Guida Mendes, cujo objectivo foi o esclarecimento de dúvidas, sendo dada orientação tanto ao nível teórico como ao nível prático (blog e actividade prática). Esta orientação permitiu-nos ainda, compreender em que ponto da situação nos encontramos.

Competências adquiridas necessárias para realizar a actividade

As crianças aprendem e desenvolvem-se a ritmos diferentes, no entanto, existem capacidades e desenvolvimentos característicos para cada idade. Geralmente nesta fase, dos 4 anos, as crianças estão a tornar-se mais autónomas, não só a nível da motricidade como também cognitivo. Começam a fazer muitas perguntas e a testar as suas próprias capacidades sendo que, “as crianças em idade pré-escolar são, por natureza, exploradoras activas de objectos” (Hohmann, Banet e Weikart, 1995: p. 179).
Através de observação participada constatamos que as crianças possuem as seguintes capacidades, necessárias a esta actividade:

  • Consciência do corpo;
  • Conhecimento de diferentes alimentos;
  • Conhecimento de diferentes materiais;
  •  Linguagem oral;
  • Controlo da motricidade geral;
  • Capacidades cognitivas e de raciocínio;
  • Capacidade de concentração.


Plano da actividade

Tabela 2 - Plano de actividade - parte I


Tabela 2 - Plano de actividade - parte II


Tabela 2 - Plano de actividade - parte III




Enquadramento curricular

Áreas de conteúdo
Esta actividade insere-se nas orientações curriculares para a educação pré-escolar, nomeadamente na área de conhecimento do mundo, e pretende que as crianças aprofundem “determinados conhecimentos sobre o funcionamento dos diferentes órgãos do corpo, as características que distinguem os alimentos, etc” (Orientações curriculares, 1997, p. 84).

Objectivos gerais

  • Promover o reconhecimento das diferentes partes do corpo;
  • Promover o reconhecimento dos cinco sentidos;
  • Desenvolver técnicas de classificação.


Objectivos específicos

  • Promover a estimulação sensorial;
  • Promover a estimulação auditiva;
  • Promover a estimulação visual;
  • Promover a estimulação do olfacto;
  • Promover a estimulação do tacto;
  • Desenvolver capacidades de classificar, distinguir e identificar;
  • Desenvolver a percepção da relação causa/efeito;
  • Desenvolver capacidades de exploração.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Contacto com a educadora Daniela Azevedo e com o grupo (2.º contacto)

Hoje foi o segundo dia de contacto directo com as crianças:
·                    Esclarecimento de algumas dúvidas e acerto de algumas questões, junto da educadora Daniela, relativamente ao modo como se processará a actividade;
·                    Diálogo com as crianças;
·                    Auxílio na actividade corrente:
o       pintar;
o       contagem dos números até 5;
o        relação número/quantidade.

    sexta-feira, 13 de novembro de 2009

    Enquadramento teórico

    Defendemos que qualquer um dos temas trabalhados no jardim-de-infância, tal como o que aqui estamos a trabalhar, só faz sentido para as crianças se estas o poderem comprovar/testar. Na abordagem High/Scope “o papel do adulto é apoiar e guiar as crianças através das aventuras e das experiências que integram a aprendizagem pela acção” (Hohmann & Weikart, 2003, p. 1)
    Já há cerca de um século atrás “Maria Montessori, por exemplo, insistiu que nas suas experiências com crianças encontrou maior receptividade na aprendizagem que envolvia o sistema sensorial, como a aprendizagem de cores, formas, sons e texturas, entre as idades de dois anos e meio a seis do que em qualquer outra altura” (Eyken, 1976, p. 54).
    “O conceito piegetiano de acção inclui tanto o comportamento motor evidente, como os processos mentais internos. O uso do termo “acção” para referir tanto a actividade mental, como a actividade física, não é um acidente semântico; Piaget acredita que ambas estão indissoluvelmente relacionadas. (…) No caso das crianças em idade pré-escolar, tem, geralmente, um componente sensório-motor – movimento, audição, procura, tacto, manipulação” (Hohmann, Banet & Weikart, 1995, p. 174).
    Assim, a actividade que propomos privilegia a acção, pois, é através das experiências com os sentidos, que as crianças, nesta fase, adquirem os conhecimentos e assim tomam maior consciência sobre o funcionamento do próprio corpo através de actividades/jogo.
    “Para Piaget, o jogo é a construção do conhecimento, pelo menos durante os períodos sensório-motor e pré-operatório” (Kamii, 1996, p. 27). Estando, neste caso, as crianças em estudo no 2º estádio de desenvolvimento de Piaget, o pré-operatorio, que engloba as crianças dos 2 aos 7 anos.
    Segundo Papalaia & Olds a criança que se encontra neste estádio “pode usar símbolos para representar objectos, lugares e pessoa, sua mente pode ir acima do aqui e agora (…), movimenta o corpo para perseguir metas concretas (…) age não necessariamente de um modo motor. Seus processos mentais são activos, mas também, pela primeira vez, são reflexivos” (Papalaia & Olds, 1981, p. 223).

    Actividade pedagógica

    Segundo Papalia, Olds & Feldman (2001), “As crianças têm capacidades sensoriais presentes ao nascimento, e mesmo ainda no útero, desenvolvem-se rapidamente nos primeiros meses de vida”, o desenvolvimento do tacto, do olfacto, do paladar e da audição iniciam-se ainda no interior no útero materno, sendo a visão o sentido menos desenvolvido ao nascimento.
    A actividade que iremos desenvolver no dia 03 de Dezembro de 2009, no Infantário Primaveras, na sala das Maravilhas, 4 anos, incide sobre os 5 sentidos, nomeadamente, olfacto, paladar, audição, visão e tacto. A escolha deste tema recaiu sobre o facto de que “uma criança pequena aprende o que é um objecto, explorando-o (…) tocando-lhe, vendo-o de ângulos diferentes, cheirando-os, tomando-lhe o gosto, ouvindo-o” (Hohmann, Banet & Weikart, 1995, p. 178).
    Após conversarmos com a educadora responsável pelo grupo, constatámos que estas crianças ainda não tinham trabalhado este tema, e consideramos crucial e necessário que estas compreendam o papel que os sentidos têm no seu dia-a-dia. Assim, pretende-mos criar a oportunidade de estas explorarem activamente com todos os sentidos, pois, é de extrema importância que conheçam e compreendam melhor os órgãos que lhes permitem construir o seu próprio conhecimento. 
    Esta actividade decorrerá na parte da manhã e à tarde, onde de manhã será contada uma história que aborda o tema, durante a qual faremos perguntas de forma a estimular as crianças a reflectir e participar relatando experiências próprias.
    Na parte da tarde e com as crianças divididas em dois grupos (sendo o primeiro composto por sete crianças e o segundo por nove, enquanto um deles elabora a actividade o outro está na actividade extra-curricular de informática), serão feitas actividades práticas com o propósito de estas poderem explorar e compreender os seus sentidos, ouvindo sons, provando alimentos, tocando diferentes texturas, testando a visão e cheirando aromas. Porque, “tal como o corpo requer alimento para permitir o seu desenvolvimento físico e tal como uma dieta equilibrada é essencial para o crescimento normal, assim as novas experiências são um requisito para o intelecto” (Pringle, 1983,  p. 156).
    Posteriormente, será realizado um jogo. Composto por um cartaz, com a representação de uma menina e um menino, e cartões com os alimentos e objectos explorados. Estes cartões com velcro, ficarão em cima da mesa de actividades onde estaremos com as crianças e virados ao contrário, para que cada criança retire um cartão e coloque-o no cartaz, fazendo-o corresponder a uma parte do corpo que representa um sentido. Em cada cartão está escrito a nome do objecto representado, com o intuito de despertar o interesse das crianças para os símbolos escritos (factor importante para uma futura iniciação à leitura).
    A actividade contempla várias fases que se complementam e decorrerão pela seguinte ordem:
    História:
    ·         Hora do conto.
    ·         Associar as vivências das sensações da história no seu dia-a-dia.
    ·         Simular as sensações descritas na história.
    ·         Relaxar com a música.

    Na parte da tarde, a exploração dos sentidos será realizada seguindo uma determinada ordem, começando com os sentidos que nos permitam analisar diferentes materiais enquanto estamos sentados na mesa.  Sendo então a audição o último, pois como nós nos levantaremos para ligar a música, as crianças também o poderão fazer para se exprimirem ao som da mesma.
    Visão:
    ·         Perguntar como se vê as coisas.
    ·         Lupa.
    ·         Espelho.


    Olfacto
    ·         Perguntar como cheiramos.
    - Cheiros agradáveis – sabonete.
    - Cheiros desagradáveis – vinagre.
                 Pedir exemplos de outros cheiros agradáveis e desagradáveis.
    Paladar:
    ·         Tapar os olhos e saborear os alimentos dizendo as características de cada um.
    - Doce – chocolate.
    - Salgado – batata frita.
    - Ácido - limão.
    Tacto:
    ·         Sentir as diferentes texturas e comentar.
    - Macio – Peluche e plasticina.
    - Áspero – Lixa e porco-espinho.
    Audição:
    ·         Compreender os sons baixos e altos.
    - Sons agradáveis – Música da história.
    - Sons desagradáveis – Despertador.
    ·         Falta de audição – Idosos.
    Por fim, será realizado o jogo anteriormente descrito para que possamos averiguar os conhecimentos que as crianças adquiriram.

                          Figura 2: Imagem do jogo
    Este cartaz/jogo, (ver figura 2), tendo em conta os materiais usados para a sua construção (cartolina Bristol de dimensão A1 (60 x 85 cm), cartolinas coloridas, imagens plastificadas e velcro para a colocação das imagens), poderá ser utilizado em outros dias caso as crianças manifestem interesse. Por isso, e porque também poderá ser um instrumento de trabalho para outras salas, iremos cedê-lo à sala das maravilhas após concluída a nossa actividade no dia 3 de Dezembro.
    Por fim, salientamos o facto de este tema, os 5 sentidos, poder ser trabalhado com actividades complementares a esta, nos dias subsequentes, as quais facilitariam a consolidação dos conhecimentos adquiridos. Sendo exemplo de uma dessas actividades a ficha em anexo (ver anexo 1), na qual as crianças fazem corresponder um objecto/alimento a cada um dos sentidos, e depois pintam os desenhos. Outro ainda, seria um jogo de memória construído com as mesmas imagens utilizadas no cartaz, entre outros.

    Actividades extra-curriculares

    Nesta instituição, o pagamento da mensalidade já incluí determinadas actividades extra-curriculares, tais como a informática (a partir dos 4 anos) e o inglês. As demais actividades, tais como, a música, a motricidade e a natação são pagas à parte, isto é, dependem do facto dos pais estarem interessados ou não que os filhos frequentem estas actividades.
    As actividades extra-curriculares para a sala das Maravilhas (sala dos 4 anos), estão planeadas da seguinte forma:


    Segunda-feira:
    10:45 – 11:15             Expressão motora (educadora)
    15:30 – 16:15             Natação


    Terça-feira:
    15:45 – 16:30             Motricidade


    Quarta-feira:
    11:00 – 12:00             Inglês
    15:30 – 16:30             Natação


    Quinta-feira:
    15:00 – 15:30             Música
    15:45 – 16:45          1.º grupo de Informática (10 crianças)
    16:45 – 17:45             2.º grupo de informática (6 crianças)


    Sexta-feira:
    15:45 – 16:30             Motricidade

    segunda-feira, 9 de novembro de 2009

    Rotina diária

    8:00 - 9:30                  Acolhimento
    9:30 - 10:00                Conversa informal
    10:00 – 10:15             Lanche da manhã
    10:15 – 10:45             Recreio
    10:45 – 12:00             Actividades livres/orientadas
    12:00 – 12:30             Almoço
    12:30 – 12:45             Higiene
    12:45 – 15:15             Sono
    15:30 – 15:45             Lanche
    15:45 – 16:45             Actividades livres/orientadas
    16:45 – 17:45             Actividades livres/orientadas
    17:45 – 18:00             Lanche/reforço
    19:00                          Encerramento do Infantário

    Materiais escolhidos / organização da sala para a actividade

    Para realizar estas actividades optamos pela escolha de materiais que abrangessem o maior número de sensações possíveis em pouco tempo, pois o tempo para as actividades é limitado. De salientar que escolhemos objectos que as crianças possam manusear com segurança e consigam distinguir facilmente as suas características.
    No âmbito do sentido do paladar perguntamos previamente à educadora se poderíamos levar os alimentos escolhidos e tivemos a preocupação de escolher alimentos do dia-a-dia das crianças por forma, a evitar alergias (quando desconhecidas), como por exemplo ao kiwi ou aos amendoins.
    Relativamente à organização da sala para as actividades, pensamos ser importante que, na parte da manhã, a mesa, as cadeiras e os brinquedos estejam arrumados para que a sala esteja praticamente livre e as crianças possam ouvir a história sentadas, distribuídas pelo chão da sala, uma vez que necessitam de espaço pois, ser-lhes-á pedido que se exprimam em determinadas partes da história, que será contada por nós.
    Na parte da tarde a sala estará com o seu conteúdo nas posições normais visto que as crianças utilização a mesa de actividades. Para experienciar cada um dos materiais que vão ser colocados no meio da mesa para exploração livre e, posteriormente, passados um de cada vez por todas as crianças, as crianças estarão sentadas em torno da mesa. 

    sábado, 7 de novembro de 2009

    Metodologia pedagógica

    Fomos informadas, pela educadora, que esta não segue uma metodologia específica e que considera muito importante o brincar na aprendizagem.

    Observamos porém, que os conteúdos são dados separadamente por áreas isto é, durante algumas semanas, é trabalhada uma determinada área, como a matemática, por exemplo, posteriormente é trabalhada uma outra área, como as expressões ou a iniciação à escrita.

    As actividades são, normalmente, realizadas com o grupo dividido, uma parte trabalha o tema proposto enquanto a outra parte brinca, depois trocam. Isto acontece devido às limitações ao nível do espaço da sala.

    Projecto de sala

    Na altura em que está a ser preparada a actividade, o projecto de sala encontra-se em fase de construção, no entanto, observamos que neste momento estão a trabalhar a área da matemática, nomeadamente os números até 5. Foi-nos dito, que o projecto de sala, em princípio, basear-se-á em conteúdos ao nível das expressões.

    Projecto Educativo do Estabelecimento - Crescendo com valores

    Cada vez mais, nos dias que correm, os pais têm menos tempo para passar com os filhos devido à sociedade que se torna cada vez mais industrializada aumentando a necessidade de trabalhar para manter a qualidade de vida. Outra das situações possíveis é o aumento do desemprego, as separações e os divórcios, aumentando por sua vez, a instabilidade ao nível dos núcleos familiares que são cada vez mais restritos. Isto faz com que as crianças não convivam com os demais familiares, como os tios, primos ou avós gerando um certo individualismo e fazendo com que, cada vez mais, as crianças frequentem a instituição escolar durante mais tempo. A escola já não serve apenas como um local onde vamos apenas para aprender, é sim um local onde os pais delegam grande parte da educação que, antigamente era dada em casa.
    Além disto, a falta de tempo para conviver com os filhos é, muitas vezes, compensado com bens materiais podendo gerar conflitos interiores na criança, o que muitas vezes as pode confundir os valores materiais com os valores humanos, tais como a solidariedade, a partilha, responsabilidade, honestidade, justiça, paciência, compaixão tolerância etc.
    O Projecto Educativo deste Estabelecimento, Crescendo com valores, com a duração provável de 2008/2009 – 2010/2011, nasceu para responder a uma necessidade proveniente do dia-a-dia das crianças. Começou-se a ver que estas tinham muita dificuldade em partilhar ou em ser solidário com o outro, dando mais valor ao bem material e sendo pouco tolerantes ou pacientes com os colegas.
    O nosso projecto, Sentir e Viver para Crescer, não se insere directamente neste projecto. Este adveio de uma outra necessidade por parte das crianças, o conhecimento do seu próprio corpo e, uma vez que estas encontram-se numa fase de grande exploração, reconhecer os sentidos que lhes permitem fazê-lo. Consideramos importante a exploração deste tema, pois fomos informadas de que este nunca foi abordado anteriormente.
    No entanto, temos o projecto educativo sempre presente, na medida em que uma das actividades (a história O meu tapete preferido) foca com grande ênfase num desses valores, a amizade e que, no decorrer das actividades, teremos em conta valores que queremos transmitir às crianças, tais como, a paciência, responsabilidade e a tolerância, fazendo-os compreender as atitudes do outro.

    Caracterização do grupo de crianças

    Através das fichas de individuais das crianças, pudemos constatar que a sala das Maravilhas é constituída por 16 crianças de 4 anos, sendo 9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino. A maioria destas crianças provém do Funchal, no entanto, 1 das crianças vem de Ribeira Brava, 1 de Câmara de Lobos e outras 2 de Santa Cruz.
    Observamos que, este grupo engloba duas crianças de nacionalidade estrangeira, nomeadamente, brasileira e inglesa. Contudo, estas crianças interagem e comunicam sem dificuldades tanto entre colegas, como com adultos. 
    Fomos informadas pela educadora da sala que nenhuma das crianças possui necessidades educativas especiais, no entanto observámos que duas delas, do sexo feminino, demostraram dificuldades significativas em relação ao restante grupo, nomeadamente, ao nível de reconhecimento dos numerais até 5 e a sua sequência, da relação número / quantidade e das cores.
    No geral, são crianças, muito activas, participativas, comunicativas, sendo extremamente receptivas à nossa presença.

    sexta-feira, 6 de novembro de 2009

    Caracterização da sala (Maravilhas)

    A sala das Maravilhas (sala dos 4 anos) do Infantário Primaveras encontra-se situada no 2.º piso da casa-mãe e tem cerca de 18 m2. Antes de entrarmos na sala, ainda no corredor, à esquerda da porta, existe um placard com várias informações expostas tais como, o plano semanal de actividades, horário do pessoal docente e não docente, a rotina diária, o horário das actividades extra-curriculares, os documentos das crianças que faltam para os pais trazerem, entre outras.
    Ao entrar na sala de actividades, à nossa esquerda, temos a área do tapete onde podemos observar um tapete vermelho com pouca espessura e de material facilmente lavável. Ao lado do tapete temos um pequeno recanto com livros que as crianças podem consultar ou pedir à educadora para ler. Esta zona contempla ainda vários jogos, um rádio, dossiers com os trabalhos desenvolvidos por cada criança e uma mesa em meia-lua encostada à parede, onde as crianças podem realizar diversas actividades.
    Do lado esquerdo da entrada, atrás da porta, podemos observar uma zona de faz-de-conta, onde encontramos objectos (de brincar) que aproximam as crianças do mundo dos adultos, do seu dia-a-dia. Esta região visa simular uma cozinha e é composta por uma pequena mesa, algumas cadeiras, um fogão, uma pia, um armário, entre outros objectos, em plástico colorido e lavável.
    Em frente deste local, encontra-se a mesa de actividades, com capacidade para 8 crianças. É nesta zona que as crianças realizam grande parte das actividades orientadas, como colagens, recortes, pinturas, etc. Ao lado desta mesa tem um armário onde a educadora guarda os materiais necessários as actividades e às informações das crianças.
    Ao redor de toda a sala existem painéis em cortiça que contêm expostos tanto informações pertinentes (as presenças o plano de actividades ou os aniversários), como os trabalhos elaborados pelas crianças.
    Na parede oposta à entrada, tem uma janela com vista para a parte de trás do edifício que, quando aberta, permite que a sala fique bem iluminada. Por baixo da janela, do lado interior, existe uma pequena zona delimitada que é a área da garagem, onde as crianças podem brincar com pequenos carros (ver fig. 1).
    É uma sala onde o espaço tem que ser gerido com prudência, visto que possui pouca área, no entanto, encontra-se bem orientado de forma a que tem as zonas necessárias para o desenrolar das actividades diárias, tendo em vista o desenvolvimento físico, intelectual, social e emocional saudável das crianças aliás, a organização da sala é uma das principais condições para que as actividades se desenvolvam tranquilamente e com resultados esperados.



                            Figura 1 - Planta da sala das Maravilhas




    quinta-feira, 5 de novembro de 2009

    Caracterização da instituição

    Através da consulta do Projecto Educativo de Estabelecimento e visita ao local, guiada pela directora, Drª Carla Chaves, reunimos dados informativos que nos permitiram fazer uma caracterização geral da instituição em questão.
    O Infantário Primaveras é uma instituição de educação pré-escolar, que recebe crianças desde os 4 meses até aos 5 anos de idade. Este estabelecimento de índole privado pertence à Associação de Jovens Empresários da Madeira (AJEM) e, o edifício que o acolhe, foi construído de raiz, à cerca de 15 anos, numa quinta antiga, para o efeito a que se destinava.

    A valência creche é constituída por três salas: Berçários I e II (sala dos Mimos), Berçário III (sala dos Girassóis) e duas salas de Transição (sala das Violetas e sala das Rosas) e a valência jardim-de-infância é constituída por quatro salas: a sala das Papoilas A e B (3 anos), a sala das Maravilhas (4 anos) e a sala dos Trevos (5 anos). Ao todo, a instituição alberga 128 crianças distribuídas pelas diferentes salas, sendo a maioria do sexo masculino.

    Os Berçários I e II têm neste momento 18 crianças ao todo e têm a particularidade de realizar as actividades em comum, no entanto, dormem em salas diferentes visto que, nesta altura, possuem horários de sono diferentes.

    Ao nível dos recursos materiais, o Infantário Primaveras usufrui de dois edifícios, a casa-mãe onde funciona o jardim-de-infância e uma das salas de transição e um novo edifício que foi construído com o apoio da Secretaria Regional de Educação e da AJEM, onde funciona a creche.

    Este último edifício, de construção mais recente, tem dois pisos e, enquanto que, o piso inferior (rés-do-chão), está equipado com uma cozinha, uma despensa, um refeitório para o pessoal, uma lavandaria, uma sala de descanso, uma sala de costura, duas casas de banho, dois vestiários e um quarto de arrumação, no 1.º piso podemos encontrar três salas de actividade pedagógica, um polivalente, uma copa, uma arrecadação e duas casas de banho (uma para adultos e outra para crianças com duas bancadas para muda de fraldas). Ainda, anexamente a este edifício temos um espaço no exterior com uma pequena zona coberta que abrange o polivalente e a sala de transição.

    Relativamente ao edifício mais antigo, a casa-mãe, podemos observar que, no rés-do-chão funcionam um refeitório, uma sala de actividades pedagógicas, uma sala de computadores, uma arrecadação e duas casas de banho. No andar imediatamente superior, podem ser usufruídas quatro salas de actividades pedagógicas e duas casas de banho. No 3.º piso encontra-se o gabinete da Directora Pedagógica, sendo o local de eleição para reuniões da equipa pedagógica.

    Ao nível dos espaços exteriores, encontramos um pátio coberto e outro descoberto e ainda, um jardim relvado.

    Como recursos humanos, esta instituição dispõe de uma directora pedagógica, nove educadoras e um educador, dezasseis auxiliares de acção educativa, quatro auxiliares de serviços gerais, um auxiliar de economato, três cozinheiras, uma operária de lavandaria e um encarregado. Cada um destes funcionários tem diferentes funções e horários tabelados que se encontram no Projecto Educativo do Estabelecimento.

    Na generalidade, na creche, as crianças contam com o cuidado de duas educadoras e de duas auxiliares de educação enquanto que, no jardim-de-infância, cada grupo conta com apenas uma educadora responsável e duas auxiliares de educação. Algumas das salas contam com o apoio de três auxiliares, dependendo esta questão do número de crianças na sala.

    A instituição possuí um horário limite para chegada das crianças sendo que, no jardim-de-infância as crianças têm de chegar até às 9:00/9:30 enquanto que, na creche, as crianças têm uma maior tolerância, até cerca das 11:00.

    quarta-feira, 4 de novembro de 2009

    Contextualização da instituição

    São Martinho é uma das dez freguesias do concelho do Funchal. Foi criada no ano de 1579 a 3 de Março, possuí uma área de aproximadamente 810 hectares e está situada na região mais a oeste da cidade, a uma altitude de cerca 240 metros. Esta freguesia está delimitada pelas freguesias da Sé, S. Pedro e Sto António (a Este), pelo concelho de Câmara de Lobos (a Oeste), pelo mar (a Sul) e pela freguesia de Sto Amaro (a Norte).
    Segundo dados da Direcção Regional de Estatística da Madeira (DRE), em 2001, a freguesia de S. Martinho abrangia uma população residente de cerca de 20.600 pessoas (aproximadamente 53% de mulheres e 47% de homens), sendo a população presente cerca de 26.700.
    Parte da população desta freguesia dedica-se à actividade agrícola (cultivo da banana e uva), no entanto é a indústria hoteleira que tem mais peso na sua economia, uma vez que é nela que se encontra uma boa parte do parque hoteleiro da região, existindo ainda outras actividades tais como lacticínios, cimenteira, panificação, confecção de vestuário, indústria de alimentos e bebidas e indústria na área da construção civil.
    Através da DRE, constatamos que existiam, em 2001, nesta freguesia, 8754 alojamentos, sendo que, por observação directa vemos que existe uma maior predominância de blocos de apartamentos e casas geminadas. Esta freguesia é caracterizada pela existência de dois bairros sociais: o Bairro da Nazaré e o Bairro da Ajuda. Existem ainda, vivendas, quintas e moradias em banda, pertencendo, na sua maioria, a particulares.
    O Infantário Primaveras está integrado num meio tipicamente urbano, onde podemos ter acesso a diversos espaços comerciais, entre eles, padarias, bares, hipermercado, cabeleireiro, correio, bancos, restaurantes, ourivesarias, abastecimento de gás e combustível, lojas de pronto-a-vestir, sapatarias, ferragens, etc.
    Ao nível da prestação de serviços, na freguesia de S. Martinho, podemos encontrar um centro de saúde, um lar de terceira idade, um centro de dia, um posto da polícia, uma praça de táxis, Regime de Guarnição 3 (RG3), etc.
    A freguesia de S. Martinho dispõe de uma rede escolar que inclui, diversas creches e jardins-de-infância tais como Primaveras, Jardim-Escola João de Deus, o Carrocel, o Girassol, o Canto dos Reguilas, sete Escolas do 1º ciclo e a Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, onde se leccionam os 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e o Ensino Secundário.
    Estão sedeadas nesta freguesia algumas instituições do foro cultural tais como, o Grupo Folclórico de São Martinho, a Casa do Povo, as Bibliotecas “O Jardim” e “Gulbenkian, e a Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de São Martinho. Na vertente desportiva, temos ainda o Clube Naval do Funchal, o Estádio dos Barreiros, campos polivalentes, Centro de ténis e Atletismo da Madeira e o pavilhão do CAB.
    Como zonas de lazer nas proximidades da instituição, temos as levadas dos Piornais, Curral e Castelo, os complexos balneares do Lido, da Praia Formosa e da Ponta Gorda, entre outras.

    terça-feira, 3 de novembro de 2009

    Contacto com a educadora Daniela Azevedo e com o grupo (1.º contacto)

    Nesta terça feira, durante toda a manhã, estivemos na sala das Maravilhas, em contacto com as crianças, observando a sua rotina diária (até à hora do almoço):
    ·         Diálogo com a educadora sobre o tema da actividade e aspectos relacionados;
    ·         Observação directa das crianças;
    ·         Diálogo com as crianças.
    ·         Interacção com o grupo:
    o   Leitura de uma história;
    o   Colaboração nas actividades.
    ·         Escolha do tema para a actividade: Os sentidos.